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ATO PUBLICOM CONTRA A PERDOFIL
ATO PUBLICOM CONTRA A PERDOFIL

  

Um ato público realizado ontem no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, lembrou os dois anos da morte do menino Kaytto Guilherme Pinto. Cerca de trinta pessoas, entre familiares e amigos, reuniram-se no ponto onde o menino foi encontrado morto, com apenas 10 anos, pela polícia, na avenida de acesso ao Fórum e à Assembleia Legislativa, para fincar uma cruz simbolizando a luta contra a pedofilia. 

A cruz foi fincada no matagal onde o pedreiro Edson Alves Delfino, condenado a 35 anos de prisão, abandonou o corpo de Kaytto após abusá-lo e agredi-lo – um dos crimes que mais chocaram a sociedade mato-grossense nos últimos tempos. Delfino, em sua defesa, tentou sustentar que, por doença mental, não estava consciente quando cometeu o crime, mas a tese foi rechaçada pelo Tribunal do Júri em março do ano passado. 

Vestidos com camisetas que levavam fotos de Kaytto, amigos e familiares fizeram um minuto de silêncio em memória. A irmã de Kaytto, Luara Raiane do Nascimento Pinto, explicou que o objetivo do ato era não deixar que a morte dele caísse no esquecimento, evitando também que outras crianças sejam acometidas pela mesma violência. 

“Sinto saudade como se fosse ontem, mas enquanto estiver viva vou lutar pelo meu irmão”, afirmou, enfatizando que, não fosse a pressão da família por justiça, talvez Delfino não tivesse sido devidamente punido. Antes de matar Kaytto, o pedreiro já havia cometido crime semelhante em Primavera do Leste, mas estava solto.

Pai de Kaytto, Jorgemar Luiz da Silva Pinto usava uma camiseta com os dizeres “Perdemos Kaytto - Não podemos perder mais ninguém”, além de uma tatuagem no braço direito com o nome do filho e um coração. O ato fora organizado por ele, que se emocionou ao agradecer a presença dos participantes e ao dizer como se sentia com a lembrança do filho. “Kaytto é eterno. Para mim, ele foi viajar e um dia eu vou encontrá-lo”. Jorgemar fez questão de assumir a luta contra a pedofilia como sua bandeira, para que nenhuma família sinta o mesmo drama que ele sentiu. “Só sabe quem passa por isso”. 

O ato também contou com a fala do assessor jurídico da Associação dos Familiares de Vítimas da Violência, Wantuir Luiz Pereira, manifestando apoio à família de Kaytto. Já o pastor luterano Teobaldo Witter fez referência ao sofrimento das crianças que morreram no massacre na escola do Rio de Janeiro e emocionou os familiares ao lembrar que os gritos de Kaytto naquele matagal mal puderam ser ouvidos. (RD) 

O objetivo deste trabalho é compreender os aspectos subjetivos do indivíduo maior legalmente a cometer pedofilia, na qual além de desrespeitar a legislação nacional, desrespeita a criança e o adolescente enquanto seres humanos e cidadãos.
Justifica-se pelo fato de que à Psicologia e/ou aos demais profissionais de áreas a fins, a compreender tais atos como desvios sexuais ou parafilias, o que em absoluto significa doença. Esta se instala abruptamente na vida do indivíduo e se relaciona diretamente às alterações orgânicas e/ou neuronais. Para Ferrari (2004), o desvio se caracteriza como um conjunto de comportamentos não convencionais, manifestando-se paralelamente ao desenvolvimento da sexualidade e podendo acompanhá-lo durante a vida toda.

Se de acordo com o autor, o pedófilo possui desejos e perturbações sexuais e interpessoais, o profissional de Psicologia deve conceber a pedofilia como uma prática criminosa, sem haver contestação e/ou atenuantes para os agressores. Com isto, sua postura ética deve seguir não ao código profissional em si (com referência ao sigilo), mas aos princípios estabelecidos pela Declaração Universal dos Direi
tos Humanos, que são refletidos no ECA.